Seguro de carro: 14 mitos e verdades
05 de Novembro de 2021.
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Na hora de fazer um seguro, seja para carro ou para moto, sempre surgem dúvidas e muitas pessoas comentam coisas que já ouviram falar sobre o assunto. Alguns mitos e outros...verdades.
Para ajudar, separamos alguns explicados por Gleyce Kelly, sócia da Limas Corretora de Seguros, e Rainier Martins, técnico pleno de seguros, integrantes da nossa equipe técnica do setor de seguro auto da LIMAS.
Vale lembrar que algumas regras não se aplicam a todas as seguradoras, já que elas têm liberdade para criar produtos ou cláusulas conforme normas da SUSEP.
MULHERES PAGAM MAIS BARATO PELO SEGURO
Verdade. “Pois a maioria dos índices de sinistro, principalmente no que se refere à perda total, ocorre, sem dúvidas, nas mãos dos homens e não das mulheres”, afirma Gleyce: “As seguradoras sempre tiveram o costume de considerar o público feminino um risco menor que o masculino”.
SEGUROS DE CARROS ANTIGOS SÃO MAIS CAROS
Verdade. De acordo com Rainier, muitas seguradoras até recusam em alguns casos, e “os principais motivos são que eles possuem peças para reparo de difícil acesso devido à idade ou até mesmo porque o carro não é mais fabricado”. Rainier exemplifica para explicar melhor o que acontece: “É comum em veículos zero km e seminovos - até cinco anos de uso - o valor final do seguro completo (levando em conta o perfil, bônus e modelo de cada veículo) ficar entre 3% e 6%. Já nos veículos mais antigos, principalmente a partir de dez anos, o valor do seguro fica entre 8% e 15%”.
HÁ COBERTURA PARA OBJETOS DEIXADOS DENTRO DO VEÍCULO
Depende, mas na maioria dos casos não. Segundo Gleyce, algumas seguradoras dispõem de uma cláusula chamada Despesas Extraordinárias, que “oferece um determinado valor ao segurado em caso de perda total. Esse valor normalmente é determinado por elas de acordo com o ano/modelo do veículo e geralmente se restringe a carros de no máximo dez anos”. Ela ainda comenta que outras poucas oferecem um serviço em que “por exemplo, se seu carro for roubado e encontrado e havia bens dentro dele que foram roubados, também indenizam esses bens, limitados ao valor a que o veículo tem direito”.
RASTREADORES E BLOQUEADORES DEIXAM O SEGURO MAIS BARATO
Verdade em partes. “O valor cobrado será menor, pois as chances ser localizado em caso de roubo ou furto é maior”, afirma Rainier. Mas o quão mais barato fica o seguro nesses casos? Rainier comenta que “há uma diferença muito pequena em relação a um seguro sem o rastreador, de R$ 50 ou R$ 100, por exemplo, e se o objetivo é ter um desconto no seguro não compensa, pois o valor da mensalidade do serviço do rastreador focará mais caro que o desconto da seguradora”. Porém, acrescenta que algumas seguradoras concedem gratuitamente em regime de comodato um aparelho rastreador obrigatório e a diferença no valor pode chegar a R$ 500 em alguns casos.
O ÍNDICE DE ROUBOS MUDA O VALOR DO SEGURO
Verdade. “Basicamente é a performance da carteira das seguradoras em uma certa região que determina o valor do seguro”, explica a sócia da LIMAS.
CARRO QUE FICA NA GARAGEM TEM SEGURO MAIS BARATO
Verdade. Até porque “eles são menos expostos a riscos do que carros que ficam na rua”, comenta Gleyce.
A DOCUMENTAÇÃO DO CARRO DEVE ESTAR EM DIA PARA A RENOVAÇÃO DO SEGURO
Depende. A sócia da LIMAS afirma que “as renovações são quase automáticas”. Mas se houver vistoria prévia, é cobrada a documentação atualizada, e “caso não haja necessidade de vistoria e o documento estiver irregular no momento de um eventual sinistro, a seguradora poderá recusar o pagamento ou deduzir os valores de regulação da indenização”, observa Gleyce. Assim, é importante estar sempre com a documentação do carro regularizada.
NÃO EXISTE COBERTURA PARA CATÁSTROFES NATURAIS
Mito. Rainier explica que “estão cobertos os acidentes provocados pelo homem ou pela natureza. Isso inclui acidentes de trânsito e desastres naturais como enchentes, temporais, ventania, terremotos, quedas de árvore e demais eventualidades que estão, portanto, cobertos”.
SE DEIXAR DE PAGAR O SEGURO DO CARRO, ELE PODE SER CANCELADO
Verdade. “Por exemplo, se o cliente faz um seguro em 10 ou 12 parcelas, deixando de pagar uma, o seguro é cancelado. Se dividir em quatro parcelas, pagar três e não pagar a quarta, o seguro ainda irá vigorar por um tempo, antes de ser cancelado, já que foram pagas três quartas partes da apólice”, diz Rainier.
TRANCA DE VOLANTE IMPEDE ROUBO DO AUTOMÓVEL
Mito. Pode até criar uma certa dificuldade para os ladrões, mas não impede.
A COR DO MEU CARRO AFETA AS MINHAS TAXAS DE SEGURO DO AUTOMÓVEL
Mito. Não existe nenhuma relação entre a cor e as taxas do seguro.
“COBERTURA TOTAL” INCLUI COBERTURA DE ALUGUEL E DE REBOQUE
Não necessariamente. Os tipos mais comuns de coberturas são as Básicas e as Adicionais. Gleyce diz que “as Coberturas Básicas tratam de tudo relacionado diretamente ao veículo, que as seguradoras geralmente chamam de casco, garantindo reembolso de danos aos veículos segurados”. Ou seja, tudo depende das cláusulas contratadas.
Rainier acrescenta que “a cláusula de carro reserva, normalmente, só cobre em caso de perda total ou se o valor do conserto for superior ao da franquia contratada. De uma forma geral não há carro reserva em casos de panes, problemas elétricos, manutenção mecânica, etc, pois essas situações não são consideradas como sinistro pelas seguradoras. Salvo umas duas ou três que oferecem carro reserva por pane, mas depende do tipo de assistência que você contratar”.
CARROS MAIS NOVOS TÊM SEGURO MAIS CARO
Mito. “Não existe uma tabela de seguro de carros fixa, já que o preço é calculado com base em diferentes variáveis”, comenta Rainier. E a Gleyce completa: “O dono de um carro zero km, que custa R$ 100.000, pode pagar 3%, o que equivale a R$ 3.000. Já o de um carro mais antigo, que custa R$ 20.000, pode pagar 10%, ou seja, pagará R$ 2.000. Quem pagou mais?”.
CARROS NOVOS SÃO MAIS PROPENSOS A ROUBOS
Mito. A sócia da LIMAS afirma que “não existe uma relação direta entre o roubo dos veículos e a data de fabricação”.
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